terça-feira, 27 de novembro de 2007

Fazer-se de forte
Fingir não sofrer
Querer dessa sair
Não saber qual o melhor
Momentos a discernir
Ideologias a seguir
Uma boca a beijar
Uma pessoa a amar
Dificuldades a enfrentar
Dúvidas a se tirar
Alguém me ajuda?

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Querido blog

Descobri que tenho um amigo, não um amigo real, mas um amigo com quem posso desabafar, é exatamente esse blog, isso faz até mal a pessoas tão introspectivas como eu, mas às vezes isso se faz necessário. O fato é que fazia um tempo que eu não me sentia sozinho, hoje saí com algumas pessoas, encontrei outras tantas, mas me senti sozinho, me senti mudo, me senti vulnerável, incrível como consigo brincar, sorrir, lidar com as pessoas mesmo estando uma pilha por dentro, não é falsidade, é apenas meu jeito, cresci sendo assim, tendo minhas coisas altamente próprias, sem dividi-las... mas realmente me senti mal hoje, não achei ninguém pra conversar (até pq talvez nem tenha procurado), estava rodeado de amigos e sentia que não tinha amigos, pq essas coisas acontecem? Inconstância, tudo bem, talvez seja essa uma de minhas principais marcas, mas não se deve a isso, não saberia dizer o que me falta, mas o fato de ver duas pessoas tão próximas me faz ver que eu não tenho ninguém tão próximo assim, e isso me faz mal, é claro que amanhã posso acordar melhor, ou acordar feliz, mas o fato é que pelo menos hoje eu estive assim, sozinho, e um "você sabe que pode contar comigo" não iria me fazer acreditar, não iria me fazer feliz, no máximo me arrancaria um sorriso de consideração, pq as pessoas são assim? Ou melhor dizer, pq sou assim? Não gosto de falar de mim, poderia ficar chorando por dentro e lançar meu sorriso de sempre, mas acho que estou mudando, sinto necessidade de exteriorizar meus sentimentos, talvez tenha que ser assim mesmo, através da escrita, talvez eu seja mesmo um escritor de sentimentos!!!

sábado, 17 de novembro de 2007

Deixo-os

As vezes percebo de um jeito bastante forte, ainda que pueril, que tudo que fiz na vida até hoje foi gastar-me. Gastei meu corpo e minha saúde com comidas extravagantes, com bebidas altamente calóricas ou alcoólicas, com corridas desnecessárias, com excesso de sol, as vezes de chuva, com uma inércia absoluta daquelas de dar dó. O meu tempo gastei com esperas em dentistas, filas, cinemas, ou com conversas demais, ou aulas demais, ou sono demais, e fui gastando aceleradamente, com muito esforço de gasta-lo pela vida a fora e com eficiência, até que algumas vezes percebi que ele não é gastado, mas ele próprio se gasta na gente e continua a gastar-se. Percebo que gastei meus sentimentos, jogando-os nas horas erradas, nos dias errados, nos amores errados, gastei-os com tanto prazer e felicidade num momento que me parecia tão válido e propício, mas que hoje ao me mover a gasta-los percebo que eles já estão gastos, como se feridos houvessem cicatrizado, deixando marcas. Percebo que meus sentimentos estão gastos porque neles já não posso mais confiar, percebo que eles não são vivos, ele sse força a viver e eu o forço a viver, enquanto que ele mesmo não se faz de vivo, e talvez nem mesmo exista, entretanto penso que devo agradecer por assim ser, pois pelo menos penso sobre eles e sou sincero com eles. Deixo-os sempre em jogo, abertos, como chuteiras velhas à espera do camisa onze que chega, deixo-os em mim, onde sempre os levei. Deixo-os para sempre poder usa-los, deixo-os como quem deixa uma casa, ou uma esposa, deixo-os podendo sempre voltar. Mas deixo-os

domingo, 11 de novembro de 2007

Ir - me

Não creio em nada, nem na escrita, não creio.
E é essa descrença que me faz falar de coisas que não tenho parte nem domínio nem entendo. Na verdade, não falo sobre nada porque em mim não há voz, há em mim somente um eu que não consigo identificar, logo não consigo pensar, logo não consigo enunciar, não existe o meu enunciado, só minha enunciação.
Repetir sempre é necessário.
E falo porque a voz é aquilo que mais contém o meu silêncio e sempre que eu silencio eu falo tanto que acabam por pedir que realmente fale, então vivo nesse paradoxo: dizer para não dizer e não dizer dizendo, e assim, tenho de ir me confortando em não fazer ninguém ouvir, porque é necessária uma outra escuta que não a de ouvir.
Acho que estou estudando isso demais, estou entendendo isso demais, estou me aprofundando e me silenciando demais, chegarei ao tempo que direi com um olhar mil palavras e minhas profecias de dimensões bíblicas estarão num mover das mãos, aí chegarei lá, e poderei perceber que na vida alguma vez fiz teatro.
Acabo por, sempre, crente que consegui, a formatar níveis daquilo que eu deveria ou poderia, ou conceberia ter dito, se a minha vida fosse essa, pois se fosse, estaria eu limitado a muito pouco. Ainda bem que até agora ainda não fui eu.

sábado, 10 de novembro de 2007

Aqui

Aqui,
Eu nunca disse que iria ser
A pessoa certa pra você
Mas sou eu quem te adora
Se fico um tempo sem te procurar
É pra saudade nos aproximar
E eu já não vejo a hora
Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Ei, você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar
Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está
Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar Te fazer me enxergar e se enxergar em mim

Aqui
Agora que você parece não ligar
Que já não pensa e já não quer pensar
Dizendo que não sente nada
Estou lembrando menos de você
Falta pouco pra me convencer
Que sou a pessoa errada

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Hoje

Hoje eu não sei quem eu sou,
queria poder me perder na tua boca,
queria ter a chance de te dizer tudo aquilo
que minha cabeça teima em imaginar a respeito de nós dois.


Silêncio.


Espaço.


Espaço vazio.

Oco.

Perdido.


estou só hoje...


Só comigo.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Farmacêutico

Sois aquele que com colírios alivias os olhos
Dando soluções às doenças
Comprimindo a cura
Drageando e mascarando sabores
Encapsulando a fé e emulsionando,
tu uniste impossilvelmente,água e óleo
Sois aquele que do sangue conseguistes dosar o normal
Contando uma a uma as Células do início da vida
E de excrementos que todos rejeitam
Tu descobristes utilidades para o diagnóstico.
Vives no mundo obscuro
No mundo da pesquisa
Dedicando-se ao descobrimento de substâncias
Que a humanidade desconhece
Mas tu sabes o prazer da descoberta
E a vitória de um desafio.

Sois aquele que estais ao lado do leito hospitalar
Obstinado a providenciar o medicamento
Sem o intuito de que algum dia uma voz caminhe a ti,e diga:
Obrigado, o medicamento que tu adquiristes foi de grande valia.
Entre posologias
E contra indicações
Continuas enfrentando todas reações adversas
Pois o efeito colateral
É causado por aqueles que não valorizam
Que tu sempre buscas o benefício
Assumindo todos os riscos


Autor: Sérgio Luis Gomes


Farmácia, mais que um curso, uma paixão

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Retrato falado

Uma hora: A hora do descanso.

Um astro: Elvis!!!

Um móvel: Minha cama.

Um líquido: água.

Uma pedra preciosa: Minha mãe. tesouro sem valor.

Uma árvore: Paineira.

Uma flor:...

Uma cor: Verde

Um animal: Eu.

Uma música: Um vencedor.

Um livro: Farmacologia...

Comida: Churrasco.

Um lugar: Minha casa.

Um verbo: Amar.

Uma expressão: "nem tudo que reluz é ouro".

Um mês: Fevereiro.

Um número: 1

Um instrumento musical: Guitarra.

Estação do ano:Verão.

Um filme: O colecionador de ossos.

Apresentando

me chamo João Pedro Amaral Werneck, 26 anos,
estudante de farmácia,
moro em Belo Horizonte.

Resolvi montar um blog pra tentar me fazer entender e me conhecer.
Pretendo aqui colocar minhas vitórias, derrotas e minhas andanças pelo mundo.




J.P.